Segurança Pública: uma
atividade de risco
A imprensa nacional, nos últimos dias, destacou a morte do policial militar Ricieri Chagas. Ele foi morto após ser baleado em uma ação contra mais de 30 criminosos fortemente armados que tentavam assaltar uma empresa de valores no Paraná. Infelizmente, esse não é um caso isolado. Ser profissional de segurança pública no Brasil é uma atividade de muito risco.
Não dá para esquecer o delegado Anderson Liberato, que há pouco mais de um ano foi assassinado por criminosos enquanto cumpria dois mandados de prisão em Jataúba, no agreste pernambucano. Diante de constantes perigos e incertezas, o equilíbrio mental e emocional é, muitas vezes, colocado em xeque. Isso pode levar à depressão e, em casos extremos, ao suicídio, cujos índices têm sido crescentes. Há alguns dias, perdemos um competente colega de profissão em Caruaru, que tirou a própria vida.
Ora, os profissionais de segurança carregam traumas de ver colegas tombando, vivem tendo de cumprir escalas extras, desenvolvem atividades complexas e estressantes. Os responsáveis por cumprir o lema ‘servir e proteger’ também precisam de cuidados. Para tanto, são necessários investimentos em equipamentos, capacitação contínua e acompanhamento humanizado e holístico.
Esse é um horizonte que temos perseguido. Recentemente, integramos o Consórcio Intermunicipal de Segurança Pública e Defesa Social (Conseg/PE) e a Polícia Federal nesse debate, englobando sobretudo os guardas municipais. A tribuna da Assembleia Legislativa tem sido um instrumento para dar voz a essa situação. Estamos elaborando o Novo Pacto Pela Vida, com especial atenção para este cenário. Ações estratégicas e parcerias adequadas são instrumentos relevantes para fortalecer os profissionais de Segurança Pública e, assim, promover a paz e o bem-estar social.