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Após 17 anos do
crime que tirou a vida do empresário caruaruense Mário Celso, o julgamento da
defensora pública Maria Paula Cavalcante, ocorre nessa quinta-feira (03/11) em
Caruaru. Ela é suspeita de ser mandante do assassinato marido, que também era
advogado. Por várias vezes o julgamento foi adiado, sendo a última vez em 2013,
quando o advogado da acusada conseguiu uma medida cautelar para adiar o
julgamento.
O
CRIME – o crime aconteceu no dia 20 de setembro de
1999. De acordo com as investigações da Polícia Civil, Maria Paula e o
pistoleiro José Aelson foram indiciados junto com o taxista Luiz Vieira, a mãe
de santo, Maria Aparecida de Menezes e Ednaldo Cavalcante da Silva, amigo de
Luiz. Ao ser preso, José Aelson confirmou a participação no crime e apontou a
mãe de santo, Maria Aparecida, o taxista e a defensora pública. Os acusados
receberiam aproximadamente R$ 5 mil pelo homicídio.
A polícia
descobriu o esquema após rastrear com autorização judicial as ligações
telefônicas de Maria Paula. Ficou constatado que a maioria das chamadas partiu
do celular da mãe de santo, um total de 157 telefonemas de Maria Paula para
Maria Aparecida e vice-versa, todos no período de três semanas após o
assassinato.
O crime teve
bastante repercussão em Caruaru na época, uma vez que o casal era muito
conhecido. O advogado e empresário do setor imobiliário Mário Celso de
Oliveira, tinha 50 anos a época e foi secretário de Transportes durante a 1ª
gestão De José Queiroz, como prefeito de Caruaru. Maria Paula era defensora
pública do juizado de pequenas causas da cidade.
MOTIVAÇÃO –
O crime aconteceu por volta das 18h em frente à residência do casal, no bairro
Maurício de Nassau. Mário Celso foi surpreendido quando retornava do trabalho
com a mulher e o filho mais velho, que na época, tinha apenas 12 anos. Ao
estacionar o carro na garagem, ele foi atingido por três tiros e morreu na
hora. Enquanto isso, Maria Paula já havia descido do carro e deixado o filho
dentro de casa. Familiares de Mário Celso afirmam que a defensora pública planejou
o crime para herdar os bens do advogado. Na época, a família de Mário Celso
possuía uma empresa imobiliária na cidade e estaria herdando um terreno de 30
hectares no Distrito Industrial, em Caruaru.
CONDENAÇÕES –
A mãe de santo, Maria Aparecida de Menezes, que esteve envolvida no homicídio,
foi condenada a 24 anos e seis meses de prisão. Além de Maria Paula, outros
três acusados pela polícia de envolvimento no crime, seguem respondendo pelo
processo em liberdade. O autor dos disparos que vitimou Mário Celso, José
Aelson dos Santos, foi julgado e condenado. No entanto, após cumprir um terço
da pena, recebeu a liberdade condicional e foi assassinado. O crime aconteceu
no dia 15 de setembro de 1999.
Fonte:
Blog do Mário Flávio.