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Para finalizar a reconstituição os criminosos mostraram como tiraram as motos do imóvel. |
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Dezenas de moradores se aglomeraram para assistir a reconstituição. |
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As vítimas estavam em casa jantando. |
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O intuito dos marginais era de roubar as motos dos jovens. |
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João Anderson, entrou na casa pela janela da cozinha e foi o executor das vítimas. |
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Rafael agrediu as vítimas a machadadas e o menor agrediu com uma enxada. |
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As motos foram abandonadas e queimadas no Sítio Serra dos Cavalos. |
Foi realizada na noite desta segunda-feira (10) a Reprodução Simulada do
triplo latrocínio e da tentativa de latrocínio ocorridos na noite da terça-feira
dia 21 de março último, no Sítio Lagoa do Paulista na zona rural de Caruaru,
que teve como vítimas quatro pessoas da mesma família, o pai, Geraldo José da Silva, conhecido como “Nilson” de 61 anos; a mãe, Joselma Pereira da Silva, de 52 anos e a filha, Maria Madalena Pereira da Silva, de 24 anos, que foram
mortos pelos bandidos, já o filho, Geraldo José da Silva Filho, o conhecido “Geraldinho” de 23 anos, também
foi baleado e continua internado no Hospital da Restauração no Recife e os
criminosos, Rafael Sebastião da Silva,
de 19 anos; João Anderson da Silva
Pereira, de 23 anos e um adolescente de 17 anos, foram presos pela Polícia
Civil na mesma semana que cometeram o delito. O menor foi apreendido em
Caruaru, o João em Ribeirão e o Rafael em Panelas.

Quatro populares foram escolhidos pela polícia para fazerem os papeis
das vítimas na reconstituição do crime e a jovem Juliana Souza, fez o papel de Maria Madalena e pelo que viu falou
que as vítimas estavam em casa jantando, de repente o João entrou na cozinha
pela janela e para isso foi ajudado pelos comparsas que deram o calço, ele
anunciou o assalto, nisso a Dona Joselma levantou a toca ninja dele e o
reconheceu e para não ser reconhecido ele a matou com um tiro transfixante na
cabeça, em seguida correu e saiu pela porta do quintal e a Maria Madalena ficou
por trás da porta para impedir a entrada do criminoso e contrariado ele efetuou
três disparos e um deles atingiu a vítima na cabeça e ela morreu no local e ele
já entrou no imóvel armado com uma pedra e atacou o idoso e depois no filho que
tentou se refugiar no banheiro, em seguida o comparsa Rafael se armou com um
machado e o menor com uma enxada que encontraram no terreiro da casa das
vítimas e as golpearam para se certificarem que as mesmas estavam mortas, depois
fugiram pela porta da frente levando as duas motos dos filhos do casal.

O irmão do Nilson, Zé Nivaldo,
falou que o que mais chocou os amigos e familiares foi o fato do crime ter sido
cometido por vizinhos que foram a casa para assaltar os moradores. Ele disse
que o sobrinho continua internado na UTI do Hospital da Restauração no Recife e
aos poucos está evoluindo o seu quadro clínico, mas ele não sabe ainda que os
pais e a irmã estão mortos e como justificativa os familiares disseram que os
seus pais e a irmã não foram lhe visitar por estarem feridos. Segundo ele o
jovem corre o risco de ter um dos braços amputados.

O perito criminal, Dr. Eudo Souza,
disse que o crime foi desvendado graças ao empenho da Polícia Civil e que para
a coleta de vestígios foi muito importante a perícia realizada pelo IC e pela
equipe do Rastro do Instituto de Identificação Tavares Buril e isso foi de suma
importância para a elucidação do crime. Segundo ele todas as dúvidas foram
tiradas com a reconstituição e que apesar de não serem obrigados os criminosos
participaram da reprodução simulada espontaneamente.
O delegado Dr. Luiz Bernardo,
que preside o inquérito, disse que o inquérito será concluído nos próximos
dias, será enviado a justiça e com todas as provas colhidas até o momento não
tem dúvidas que haverá a punição aos culpados, inclusive ele disse que todos
são réus confessos e garantiu que não houve a participação de mais ninguém no
crime. Ele falou que os dois maiores, o Rafael e o João Anderson estão na
Penitenciária Juiz Plácido de Souza, em Caruaru, mas não quis informar onde o
adolescente está internado.
O delegado da 19ª Delegacia de Homicídios, Dr. Francisco Souto Maior, disse que pelo clamor popular era
questão de honra da Polícia Civil dar uma resposta rápida para a sociedade e
que essa reprodução simulada serviu principalmente para individualizar a
participação de cada um dos criminosos que para se livrarem das provas
abandonaram e queimaram as motos e na estrada do Sítio Serra dos Cavalos.