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Os registros, através do número 180, de
violência contra a mulher no ano de 2015 foram na ordem de 76.651 denúncias. Já
no ano anterior foram registrados 52.957, ou seja, de um ano para o outro,
houve um aumento de quase 50% nos registros de tais agressões.
Esse canal de comunicação é conhecido por
Central de Atendimento a Mulher do governo federal. A maioria desses registros
é de violência física, ou seja, 38.451 registros, algo em torno de 50% do total
registrado.
Registre-se que, em se tratando de registros
de violência sexual, que compreende o estupro, o assédio e a exploração sexual,
o incremento foi na ordem de 129%.
Com esses dados tão alarmantes, chegamos a
algumas conclusões. A primeira delas, é que as mulheres estão efetivamente
criando disposição e coragem de denunciar as agressões sofridas; e a segunda é
que estamos vivendo num país onde a cultura da violência contra a mulher é uma
realidade e que o Estado e as instituições que a compõem precisam tomar medidas
mais enérgicas.
Precisamos, com absoluta urgência, cobrar dos
legisladores e nossos representantes, que construam uma legislação de efetiva
proteção, bem assim, que os poderes constituídos, principalmente o poder
executivo em todas as esferas, estruture equipamentos de apoio as mulheres
vítimas de violência física, moral, patrimonial, psicológica e sexual, minimizando
tanto sofrimento, que tais pessoas são submetidas e, com a punição dos
infratores, tenhamos a redução de tais crimes.
Hora da cidadania – Erick Lessa – Delegado de Polícia Civil
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