CARUARU GEME COM A FALTA DE SEGURANÇA!
Na noite do último sábado,
no Alto do Moura em Caruaru, o jornalista Alexandre Farias, que apresenta o
telejornal noturno local da TV Asa Branca foi atingido por um disparo de arma
de fogo. Conforme repassado pela Polícia Militar, assaltantes estavam em um
carro roubado, quando houve perseguição policial e troca de tiros. Na fuga os
criminosos acabaram por atropelar profissionais do Serviço de Atendimento Móvel
de Urgência (SAMU), que estavam em uma ocorrência local e uma bala perdida
teria atingido o apresentador.
As informações mais
recentes dão conta de que o jornalista foi cirurgiado e encontra-se estável,
mas com o projétil alojado no crânio e em estado grave, num hospital particular
da cidade. Já os socorristas do SAMU foram atendidos no HRA e já receberam alta
médica.
A cidade de Caruaru já
ultrapassou, em 2017, a lastimável marca de 200 homicídios.
Em 2016, o número de
pessoas assassinadas chegou a 229. Para se ter uma ideia da situação que
Caruaru se encontra, no primeiro semestre de 2017, foram anotados 154
homicídios, com registros de meses recordes, ou seja, caso repita o primeiro
semestre pode ultrapassar 300 homicídios. Cada mês do primeiro semestre
registrou um recorde em relação a história de crimes violentos letais
intencionais. O mês de maio registrou o impressionante número de 32 pessoas
mortas em nossa capital do Agreste, ou seja, mais de um homicídio por dia. Isso
é inadmissível.
Alguns podem dizer que só
quem morre são pessoas envolvidas na criminalidade, mas isso infelizmente não é
verdade, basta analisar os últimos eventos. Um outro fato também ocorrido no
último sábado chamou muita atenção, pois um zelador do banheiro público do
Parque 18 de maio acabou sendo assassinado, num ato de extrema violência e
desvalor pela vida. Um homem estava urinando na rua, a vítima chamou atenção
dele, e logo em seguida esse indivíduo pegou uma faca e agrediu mortalmente o
zelador.
Caruaru precisa de um
gestor(a) que enfrente os problemas e pare de colocar a culpa em outras pessoas
ou instituições. O art. 144, da Constituição Federal diz que segurança pública
é dever do Estado, mas direito e responsabilidade de todos, ou seja, inclusive
do município.
Se assim não fosse, para
que existiria a Guarda Municipal? Para que foi criada a Secretaria de Ordem
Pública? Por que todos os candidatos a gestor do município incluem em seu plano
de governo, a questão da segurança pública? Por que a atual gestora, à época
das eleições, candidata, afirmara que trabalharia para reduzir os índices de
criminalidade da cidade? Claro que não seria necessário esses mecanismos, se a
segurança pública também não fosse de responsabilidade do município. Não dá
para enganar o povo dessa maneira, apenas lamentando-se e colocando a culpa no
outro.
É fato que o principal
responsável pela segurança pública é o governo do Estado, que precisa
apresentar medidas emergências e efetivas, em parceria, com o município, para a
redução da criminalidade em nossa cidade, entretanto o governo municipal
precisa dizer a que veio, em termos de gestão pública, principalmente e
prioritariamente nessa área tão sensível, em que nossa população que tanto
sente pela completa inabilidade da gestora, e diga-se, que em tempos de
campanha, declamava aos quatro cantos, que teria na segurança pública uma de
suas maiores prioridades.
Concluo esse texto com a
passagem bíblica constante no capítulo 29, versículo 2 do livro de Provérbios,
que diz: “quando os justos governam, alegra-se o povo; mas quando o ímpio domina, o povo geme. Não é por acaso, que nossa
população geme com a falta de segurança e com índices absurdos de
criminalidade, nunca antes registrados.
Fica a reflexão. Esteja
atento à próxima edição da coluna Hora da Cidadania, que é divulgada todas as
segundas-feiras. Você pode dar sugestão de temas, fazer críticas e elogios
através do e-mail: ericklessa04@gmail.com.
![]() |