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Vivemos no Brasil, um verdadeiro descontrole social, no que diz
respeito aos presídios, e isso não é culpa dos agentes penitenciários, e nem
uma situação isolada de apenas um Estado da Federação. Para se ter uma noção,
no ano de 2016, ocorreram aproximadamente 400 mortes violentas no interior de
unidades prisionais, no Brasil.
Basta
analisar o caos nos complexos prisionais no nosso país, em 2016, com sérios
problemas no Maranhão (08 mortes), Pernambuco (43 mortes), Rio Grande do Norte
(31 mortes) e Ceará (50 mortes), e também no Amazonas, como reportado na semana
passada na coluna intitulada Massacre, onde houve no ano passado, 10 mortes e
no início desse ano, 60 homicídios, a maioria com decapitação (cabeça separada
do corpo).
Grande
parte dessa problemática passa pela ausência do Estado dentro das unidades
prisionais, em função do baixíssimo quadro de agentes penitenciários, entre
outros problemas, como falta de sistemas eficientes, com uso da inteligência
para controle de entrada de materiais ilegais. Com isso, o que ocorre é uma
regra fácil de ser entendida dentro do sistema de segurança pública e justiça
criminal, que diz que quando alguém não faz o seu papel outro vem e ocupa esse
espaço, mesmo que seja o crime organizado, implementando um poder paralelo.
Isso
ocorre, por exemplo com o primeiro comando da capital, facção criminosa, que
iniciou seu poderio no Estado de São Paulo, e atualmente domina vários
presídios pelo país e exerce esse comando com poder intimidatório e muito
violento, ocupando o vácuo deixado pelo poder público que não valoriza os
agentes penitenciários, e acima de tudo não implementa uma estrutura e efetivo
adequados para controlar verdadeiras panelas de pressão, que a todo momento
estão prestes a explodir.
A
Unidades da Federação precisam valorizar os seus agentes penitenciários e
investir com medidas sérias e drásticas, como bloqueador de celular,
equipamentos de scanner (detectar entrada de armas, celulares e drogas) etc,
nas unidades prisionais a fim de conter essa grave conturbação social.
Fique
atento a próxima edição, que é divulgada todas as segundas aqui no blog do
Adielson Galvão.
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