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quarta-feira, 30 de julho de 2014

“POLÍCIA FEDERAL EM PERNAMBUCO ATRAVÉS DE SUA PROJEÇÃO (INTERPOL), ANUNCIA A EXTRADIÇÃO DE GEDALIA TAUBER, FORAGIDO DA OPERAÇÃO BISTURI”.



A Polícia Federal em Pernambuco através de sua Representação Regional da Interpol foi informada que no dia 06.06.2013, havia sido preso no aeroporto de Fiumicino, em Roma, quando tentava entrar na Itália vindo de Boston, nos Estados Unidos o ex-oficial do exército israelense GEDALIA TAUBER, de 78 anos que se encontrava foragido depois de haver recebido o aval da Justiça/PE para realizar uma viajem pelo período de 30 dias em janeiro/2009, porém, desrespeitando as medidas e benefícios judiciais, não retornou ao país, motivo pelo qual sua prisão foi decretada em outubro/2009 tendo sido considerado foragido e procurado em todo o mundo inclusive pela INTERPOL, desde então. A sua prisão foi realizada quando os policiais italianos desconfiaram do seu passaporte como sendo falso e o interrogaram ao fazerem uma pesquisa na base de dados da Interpol, descobriram que o ex-oficial era procurado em todo o mundo.  

A Polícia Federal envidou todos os esforços necessários no sentido de cooperar com o Juiz LUIZ GOMES DA ROCHA NETO, responsável pela 1ª Vara Regional de Execução Penal/PE para a extradição do foragido, da Itália para o Brasil, o mais rápido possível, a fim de que pudesse cumprir sua pena de reclusão em um presídio pernambucano (foi condenado a um pena de 11 anos e 9 meses - tráfico de órgãos em continuidade delitiva e formação de quadrilha, posteriormente comutada para 8 anos 9 meses e 22 dias, faltando cumprir 4 anos 9 meses e 6 dias). Desta forma ao tomar conhecimento de sua prisão o Governo Brasileiro (através de um pedido formalizado pela Vara de Execuções Penais/PE ao Ministério da Justiça) fez um pedido ao Governo Italiano de extradição do ex-oficial israelense, baseado no tratado bilateral de reciprocidade entre os dois países, o qual foi deferido pelo Ministro da Justiça Italiana no dia 16.07.2014 e comunicada através de Nota Verbal pelo Ministério das Relações Exteriores da Itália à Embaixada no Brasil em Roma.

A Polícia Federal em Pernambuco já enviou no dia 28.07.2014, 02 (dois) policiais federais (um delegado e um agente) da INTERPOL /PE para se dirigir até Roma objetivando trazer o preso de volta para Recife/PE afim de que ele seja escoltado e conduzido por policiais federais para o COTEL – Centro de Observação e Triagem Professor Everardo Luna, onde ficará a disposição do juízo da 1ª Vara Regional de Execução Penal. A previsão do retorno dos policiais de Roma para Recife é para o dia 02/08/2014 às 13:30h.

ENTENDA O CASO:

A “Operação Bisturi” teve a duração de 9 (nove) meses, tendo sido iniciada em março/2003 e concluída em dezembro de 2003, seu objetivo foi desarticular uma quadrilha de traficantes de pessoas para retirada de órgãos no Brasil com ramificações no exterior (África do Sul e Israel), as quais aliciavam cidadãos pobres e em situação financeira difícil em Recife/PE e cidades do interior de Pernambuco com o fim de retirada de seu órgãos (rins) para execução da cirurgia que eram oferecidos à pacientes de Israel na África do Sul no intuito de aplicar um golpe no sistema de saúde daquele país que indenizada cada cirurgia com o valor de U$ 150 mil dólares.

As pessoas que faziam a cirurgia tinham que assinar uma declaração falsa afirmando que quem estava recebendo a doação do órgão era um parente. Após recebimento do dinheiro, a quadrilha pagava os valores pertinentes à pessoa que se submetia a intervenção cirúrgica para retirada do órgão e dividia o restante com todos os integrantes da quadrilha que chegava a ser 20 (vinte) vezes mais do que os brasileiros recebiam.


Ao todo foram presas e condenadas 12 pessoas no Brasil (aliciadoras), 02 em Israel (responsáveis pela fraude no Sistema de Saúde para realização das cirurgias) e 20 na África do Sul (médicos e enfermeiras que realizavam as cirurgias). Durante as investigações foi detectada a ida de 47 (quarenta e sete) pessoas para o Hospital Sant Agostini em Durban/África do Sul. As pessoas que eram levadas para retiradas dos rins recebiam em torno de R$ 5.000,00 a R$ 30.000,00 (cinco a trinta mil reais). Estima-se que aproximadamente $ 4 milhões de dólares foram desviados pela quadrilha nessas intervenções cirúrgicas.