O padre Geraldo de Oliveira,
de 77 anos, foi encontrado morto no início da noite desta terça-feira (1°) na
Igreja de São Sebastião, em Surubim, no Agreste. Segundo a Polícia Civil, o
corpo estava no chão, com a cabeça em um travesseiro, entre os bancos perto da
porta principal do templo. Em uma lixeira, próxima ao cadáver, foram achados
uma garrafa de champanhe quebrada e dois frascos de uma substância que a
polícia acredita ter sido utilizada pelo sacerdote para tirar a própria vida.
Na segunda-feira (31), ele
celebrou uma missa e quando os fiéis saíram, pediu ao sacristão que fechasse as
portas e ficou sozinho na igreja. Padre Geraldo deixou uma carta de quatro
páginas assinada com a data de 1° de fevereiro, na qual expõe divergências com
dois padres da Paróquia.
Há 27 anos ele morava em
Surubim. Antes, foi pároco nas cidades de Agrestina e São Caetano. Também foi
professor de Filosofia da extinta faculdade Fafica, em Caruaru.
Uma das marcas da atuação de
Padre Geraldo era o trabalho social. Ele construiu 78 casas em Surubim e outras
20 em Nazaré da Mata para famílias carentes. Realizava também de forma
permanente campanhas para doação de cestas básicas e roupas.
Na carta de despedida, o
padre manifestou o desejo de ser sepultado em Surubim, mas a família nem a
Diocese de Nazaré, até agora não divulgaram informações em relação ao velório e
sepultamento.