PREDADORES ASSASSINOS
Adrenalina, suspense e animais
atacando seres humanos, fazem este filme ser inesquecível.
E pensar que tudo isso
começou lá pelos anos 70, com o filme Tubarão, de Steven Spielberg. Em 1975,
esse grande diretor deixou a humanidade em polvorosa agonia, temendo tomar
banho de mar. Depois dele, novos filmes com outros predadores foram lançados ao
longo dos anos seguintes como Piranha, Piranhas Voadoras, Anaconda, Abelhas
Assassinas, Aracnofobia e outros mais,
sem deixar de lembrar de outras ideias
que levaram aos filmes derivados do Tubarão, Sharkando, Tubarões de
areia, Megatubarão e tantos outros.
Neste novo filme, Predadores
Assassinos, temos a aspirante a nadadora da Universidade da Flórida , Haley
Keller, recebe uma ligação de sua irmã, Beth, que informa que um furacão de
categoria 5 está em rota de colisão com a Flórida e a aconselha a sair do
estado. Haley está preocupada com a segurança de seu pai, Dave, pois ele não
atende o telefone. Contra as instruções da Polícia Estadual da Flórida, Haley
dirige por rotas de evacuação para verificar Dave. Ela primeiro vai ao
apartamento dele, onde ele mora desde que ele e a mãe se divorciaram. Haley
encontra o cachorro da família Sugar no condomínio, mas não o próprio Dave, e
está preocupado que ele tenha voltado para a casa da família em Coral Lake, que
ele supostamente vendeu anos atrás. Como podemos observar, o enredo não difere
muito dos outros filmes deste gênero. Novamente, pessoas encurraladas tentando
sobreviver aos ataques de predadores, no caso aqui, jacarés enormes. A
diferença deste filme pra tantas outras produções, está na forma como os sustos
foram elaborados, os quais muitas vezes achamos estar preparados para eles, mas
não, na medida que a trama avança, eles tomam uma dimensão mais intimista, onde
a surpresa verdadeiramente funciona. Muitas foram as vezes as quais pulei e
gritei de medo, tamanha cena impactante de sustos. Um sensação de medo bem
divertida, com um roteiro simples onde toda a história gira em torno da filha e
de seu pai, os quais diante do terror ao seu redor, ainda têm tempo para
discutir a relação entre ambos, acompanhados por uma pobre cachorrinha chamada
Sugar, que nos deixava preocupados se com aquele doce animal iria acontecer
alguma fatalidade.
O filme quase nos deixa sem
fôlego, porque os jacarés não poupam ninguém, literalmente. A quantidade de
ossos triturados, quebrados, rasgados é de impressionar. Muitos personagens
entram e somem de cena, numa velocidade igual ao ataque das feras. Falando
nisso, o CGI das feras, é fantástico, temos a nítida impressão de serem reais,
capazes de transmitir com este realismo aparente todo perigo e medo que os personagens
estão enfrentando. Não foi a toa
que atriz Kaya Scodelario disse:
"Estar sozinha foi um desafio. Eu sou acostumada a fazer filmes com um
monte de gente, e aqui eu estava sozinha o tempo inteiro, só eu e o
cachorrinho; mas foi gostoso no sentido de que eu tinha que colocar um foco
muito forte em minha personagem". Lembrando que ela foi protagonista dos
filmes Maze Runner e Piratas do Caribe: A Vingança de Salazar, e assim como lá,
aqui ela teve uma excelente atuação.
A direção de Alexandre Aja,
o qual traz em seu currículo filmes como A Nona Vida DE Loius Drax (2015) foi
precisa e segura, afinal ele estava dentro de um gênero o qual domina com
maestria, basta observar a produção citada. Já sobre o enredo que mescla terror
e drama, Aja nos contou o segredo que o produtor do filme, Sam Raimi
(Homem-Aranha) deu ao diretor: "O conselho que Raimi me deu foi o de
fortalecer o relacionamento entre pai e filha, porque, apesar dos jacarés
criarem o terror, você pelo menos terá o drama no filme através deles."
Predadores Assassinos é o
mais do mesmo, mas apesar de já termos visto uma variedade de filmes com esse
gênero, as surpresas apresentadas pelo diretor eleva o quesito do susto
inesperado pra um patamar o qual foge dos sustos os quais já estamos acostumados
a ver e isso a gente sente na simplicidade como foram pensados e executados.
Com eles a gente literalmente pula da poltrona sem se importar com todos os
clichês ali presentes. No fim, só nos resta dizer que filme bom se faz assim, simples e objetivo, porém com toda capacidade
de pensar em algo que faça a todo instante o coração de quem está assistindo
acelerar de tanto medo.
PROGRAMA CLUBE DO FILME
Neste sábado, 13h, na Rádio
Cultura do Nordeste, tem o seu programa de cinema CLUBE DO FILME. Comandado por
Edson Santos e Mary Queiroz, com o tema "Os Temas Musicais dos Filmes de
007!" Convidados Bento Gomes e Zenaldo Nunes.
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