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sábado, 14 de novembro de 2020

COLUNA CLUBE DO FILME COM MARY QUEIROZ

 


 BRIGHTBURN - FILHO DAS TREVAS

 


Suspense, violência e terror na medida certa.

Apesar de não ser um filme de estreia, essa produção merece um certo destaque devido a ideia do roteiro ao retratar os horrores que poderia existir, se o Superman ao invés de ser um herói do bem,  usasse seus poderes para o mal. É partindo dessa premissa que Brightburn: Filho das Trevas surpreende. Á todo momento,  questões que tratam da sobrevivência e preservação da espécie humana, são jogadas para serem pensadas e discutidas. Adotar uma criança, sendo ela um alienígena, por mais linda e saudável que seja, pode ser perigoso sim. Uma atitude tão altruísta, ao mesmo tempo, é um grande risco para população da Terra e  não saber a origem do bebê ou se os extraterrestres são amigáveis,  exigiria outra atitude dos pais adotivos. O filme começa trazendo estas abordagens ao espectador,  quando uma criança alienígena cai no terreno de um casal da parte rural dos Estados Unidos. Eles decidem criar o menino como seu filho, porém, ao começar a descobrir seus poderes, ao invés de se tornar um herói para a humanidade, ele passa a aterrorizar a pequena cidade onde vive,  se tornando uma força obscura na Terra.

O roteiro é muito bem trabalhado. Gradativamente vai mostrando o nascimento do mal na criança de forma indireta. Os roteiristas neste caso acertam em nem se dar ao trabalho de explicar o real motivo dele ter sido enviado pra Terra. Motivação e objetivos não tão definidos, de certa forma preserva o mistério em volta da sua presença entre os humanos, deixando a trama bem mais perturbadora e aterrorizante.

 O filme conta  com a produção de James Gunn (Guardiões da Galáxia-2014) e isto já ajuda em muito, o futuro da carreira deste novo cineasta, O diretor David Yarovesky, um quase desconhecido até agora, pois não traz em seu currículo nenhum filme de peso, mas mostra neste, toda sua sensibilidade para o terror, ao trazer para as telas um personagem tão intrigante quanto perigoso, e para isso, ele  tira proveito da ideia do roteiro e sem perder tempo vai apresentando e desenvolvendo O Filho das Trevas na medida que a trama avança, retratando com sutileza os  horrores que seria para o mundo,  cujo tivesse que lidar com  a existência de um jovem de 12 anos,  Brandon Breyer (Jackson A. Dunn), com  poderes para fazer unicamente o  mal sem se preocupar com as consequências de suas atitudes. O  ator Jackson A. Dunn tem uma atuação impecável ao representar toda maldade inerente ao seu personagem, de forma convincente. Suas expressões faciais, seu tom de voz, seu olhar quase inexpressivo, causam ao espectador a certeza de que algo terrível está por acontecer. Sem dúvida, ele é o caos em pessoas. Elizabeth Banks também está perfeita ao interpretar uma mãe dedicada e amorosa por seu filho, mas  que fica  atordoada ao ver toda maldade nele  vir a tona. Ela transmite as dúvidas, incertezas e principalmente sua decepção e terror de forma verossímil. E para somar, David Denman, faz um pai dedicado, porém, muito realista e racional,  não mede esforços para livrar sua esposa da terrível ameaça em que se transformou o seu filho. O filme tem cenas muito fortes, as quais poderiam ser tomadas em alguns momentos como bizarras,  mas não escatológicas, pois fazem parte do contexto da ação mostrada. Há uma necessidade para ser desta forma, existe de fato, uma razão lógica para dor, violência e o medo presente na trama.

No fim, Brightburn: Filho das Trevas merece ser apreciado e recomendado, ao trazer uma proposta sombria, sem medo de ser ou não aceita pelo público que está tão acostumado com filmes de super herói do bem. É sem dúvida uma ideia interessante que aborda outras perspectivas e se faz satisfatório quando  retrata como nenhum outro filme, o quanto os humanos são indefesos ao se deparar com algo muito mais forte e poderoso que eles, balanceando quase que perfeitamente violência,  terror e suspense, mas fugindo dos finais clichês,  que estamos tão acostumados, surpreendendo e muito no destino reservado aos personagens centrais da trama. São raros filmes os quais têm essa ousadia em definir desfechos inesperados e aqui, essa questão é elevada ao máximo.

PROGRAMA CLUBE DO FILME

 

No programa Clube do Filme deste sábado, às 13h pela Rádio Cultura do Nordeste 96,5 FM/1130 AM, apresentado por Edson Santos e Mary Queiroz, abordará o tema IMPUNIDADE NO ESTUPRO, através do filme “3 ANÚNCIOS PARA UM CRIME”. Nos estúdios da Rádio, a participação de Karinny Oliveira (Doutoranda em Educação e Educadora Feminista) e Vanessa Paulino (Psicóloga).

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