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sábado, 21 de novembro de 2020

COLUNA CLUBE DO FILME COM MARY QUEIROZ

 


CINE HOLLIUDY 2 – A CHIBATA SIDERAL

 


Em 2013 estreou o filme nacional Cine Holliudy, onde vemos um sonhador proprietário de cinema, tenta manter viva a chama e paixão pelo prazer de ver filmes numa sala de cinema nos anos 70, mesmo com a popularização da televisão nas casas. A produção, roteiro e direção ficaram a cargo do cearense Halder Gomes que dedicou corpo e alma na realização desta história a qual teve participação de um elenco 100% cearense e onde fomos apresentados ao linguajar “cearês” e por esse motivo o filme foi legendado. Uma ideia bastante interessante, fazendo Cine Holliudy ser apreciado tanto pelo público como pela crítica. Passado 5 anos do primeiro, tivemos a sequência Cine Holliudy 2: A Chibata Sideral, tentando provar se a fórmula de fazer filmes do Halder continua funcionando, já que em 2016 ele nos presenteou também com o divertido filme O Shaolin do Sertão, novamente com toda sua trupe de atores cearenses.

Em Cine Holliudy 2, Pacatuba, interior do Ceará, 1980, a popularização da TV obriga Francisgleydisson a fechar seu adorado Cine Holliúdy e ir morar na casa da sogra, ao lado da esposa Maria das Graças e do filho Francin. Após passar por uma experiência alienígena, na qual um amigo foi abduzido, ele tem a ideia de rodar um longa-metragem de ficção científica onde Lampião enfrenta os seres extraterrestres. Para tanto, consegue o apoio do prefeito Olegário e de sua esposa Justina, candidata às próximas eleições. A ideia  até é boa, mas creio que aqui Halder confiou demais no potencial do elenco e nos trouxe uma colcha de clichês do primeiro filme, fazendo a trama não ser tão envolvente.

Apesar de ser um filme leve, divertido e pouco envolvente , vem com o tom certo quando do seu jeitinho, o diretor nos convida a refletir sobre a paixão pela  Sétima Arte, seja ela de um simples cinéfilo, seja de algum cineasta ou todos os profissionais envolvidos nas produções. Isso Ficou visível deste o primeiro filme Cine Holliudy, quando acompanhamos a luta do protagonista e sua família para manter um cinema funcionando, não conseguindo, ele se recusa a desistir de trabalhar com cinema, decidindo agora produzir um longa, tentando manter viva a paixão pelo cinema na vidas daquelas  pessoas que vivem na sua cidade. Neste quesito o protagonista retrata super bem as dificuldades e preconceitos enfrentados pelos realizadores e como a falta de incentivo financeiro prejudicam as produções, mas, quem ama realmente o cinema e sua magia, se dedica a lutar pra que pessoas e mais pessoas possam ter acesso, conhecer  e se apaixonar por filmes. São nestes momentos que o espectador vibra e rir com a criatividade que todos os realizadores precisam ter, principalmente quando vão utilizar efeitos práticos. Atrelado a isso, temos também uma situação um tanto forçada pra justificar um personagem de um famoso diretor e como ele teve a ideia de criar um de seus personagens mais amados na história do cinema de ficção.

Edmilson Filho, novamente no papel de Francisgleydisson está muito a vontade em sua caracterização, da mesma forma que os demais personagens, os quais apenas repetem seus exaustivos e cansativos bordões de sempre, apresentados no primeiro filme. Mesmo alguns novos personagens, também não acrescentam muito e se utilizam do artifício das caras e bocas para serem mais engraçados. O roteiro fraco e bem genérico, não exige muito dos atores, e isso incomoda bastante, pois não tiveram nenhum trabalho em modificar questões simples, até o recurso da legenda que é utilizado novamente, não funciona como deveria, deixando a sensação, que ele era totalmente desnecessário.

A fotografia reconstitui bem os anos 80, com uma paleta de cores em tons de bege, amarelo opaco e creme, nos remetendo às produções daquele período, nos fazendo transportar à época. Também o uso de luzes neon, apesar do exagero em uma cena específica, denota um certo sabor saudosista na narrativa. O figurino também é bem peculiar, embora seja percebido um certo toque das roupas dos anos 70, chegando a nos confundir um pouco no período em que a história é contada.  Os efeitos visuais de luzes e o som deste filme, merecem  elogios, justamente porque fazem jus a presença alienígena e a nave, tamanha é a perfeição. O fato da cena se passar a noite, facilitou muito o uso do CGI, porém, a magnitude e beleza da construção desta sequência, foi além expectativas.

Cine Holliudy 2 – A Chibata Sideral, não é um filme tão bom quanto se esperava, porém entrega alguns momentos engraçados, instantes dramáticos forçados, atuações na média, bons efeitos visuais e sonoros, que consegue divertir o espectador menos exigente. É uma comédia diferenciada entre tantos besteiróis que nos é apresentados,  que ao menos têm suas peculiaridades regionais e algumas presenças conhecidas no cenário da comédia nacional.

PROGRAMA CLUBE DO FILME

 


No programa Clube do Filme deste sábado, às 13h pela Rádio Cultura do Nordeste 96,5 FM/1130 AM, apresentado por Edson Santos e Mary Queiroz, será feita UMA ANÁLISE DO FILME "PERFUME DE MULHER”, em comemoração ao DIA DE AÇÃO DE GRAÇAS. Nos estúdios da Rádio, a participação dos Voluntários do Grupo PONTO & VÍRGULA: Betto Moura, Vanessa Melo e Nataly Almeida.

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