MAZE RUNNER- A CURA MORTAL
O primeiro filme Maze Runner Correr ou Morrer, nos levou a uma verdadeira aventura, com ação, mistério e perigos desconhecidos além dos muros da clareira, deixando-nos curiosos sobre o que os jovens passariam para sobreviver. O filme narra Thomas (Dylan O’Brien) acordando preso em um enorme labirinto com um grupo de outros garotos e sem memória do mundo exterior a não ser por estranhos sonhos sobre uma misteriosa organização conhecida como C.R.U.E.L. Apenas ao explorar os fragmentos de seu passado com pistas que ele descobre no labirinto, Thomas poderá descobrir seu verdadeiro propósito e uma maneira de escapar. Já em Maze Runner Prova de Fogo, Thomas e seus companheiros vão encarar seu maior desafio até agora: procurar por pistas sobre a misteriosa e poderosa organização. Esta jornada os leva até o deserto, um cenário desolado repleto de obstáculos inimagináveis, levando-os a diversas batalhas contra zumbis, tempestade de raios e rebeldes. Unindo-se com lutadores da resistência, eles desafiam as forças superiores da C.R.U.E.L. e descobrem seus terríveis planos para todos eles. Já no terceiro filme da saga, Thomas embarca em uma missão para encontrar a cura para uma doença mortal e descobre que os planos da C.R.U.E.L podem trazer consequências catastróficas para a humanidade. Agora, ele tem que decidir se vai se entregar e confiar na promessa da organização de que esse será seu último experimento.
Considero a proposta dos
três filmes interessante porque nos permite refletir sobre a intervenção da
ciência, até que ponto a liberdade é mais importante que a segurança, o quanto
estamos dispostos a lutar pelo que acreditamos e como nossas decisões ajudam ou
atrapalham o desenvolvimento de uma sociedade justa, focada no bem comum. Os
filmes também tiveram o cuidado ao ressaltar a importância das relações de
amizade, trabalho em equipe e liderança. Estes pontos foram bem trabalhados
quando mostra que as características dos jovens foram mantidas, mesmo
quando eles estavam confusos e duvidosos em quem confiar.
O diretor Wes
Ball, que dirigiu os dois primeiros filmes, melhora muito o ritmo da ação, com
diversas cenas de tirar o folego. Agora os personagens não estão mais presos no
labirinto em um ambiente claustrofóbico, a ação se passa em áreas abertas com
muito mais energia, levando-nos a sentir todo sufoco e adrenalina passado pelos
personagens. Isso contribuiu para que o filme não ficasse tão cansativo, exceto
quando tentaram prolongar a trama, direcionando o foco para outros elementos,
trazendo personagem que não estava presente no segundo filme, quando
introduziram uma rebelião com o objetivo de simplesmente destruir a sede do
C.R.U.E.L e acontecimentos para justificar algumas mortes no
decorrer do filme.
Vale ressaltar que o roteiro
sempre teve o foco maior no personagem principal Thomas, que desde o primeiro
filme guarda um segredo que nós, espectadores passamos a conhecer no segundo
filme. Quando este segredo é revelado no terceiro filme, percebemos esta grande
falha porque a partir desde momento, a narrativa foca nas personagens Teresa
Agnes ( Kaya Scodelario) e Ava Paige( Patricia Clarkson),personagens
dispostas a sacrificar alguns jovens para encontrar a cura e salvar a
humanidade, mas elas não são bem exploradas, deixando espaço para uma
série de situações equivocadas com consequências confusas, levando
até o personagem homem rato ( Aidan Gillen) tomar uma atitude totalmente
previsível no final do filme.
No final desta
trilogia, Maze Runner A Cura Mortal não agrada totalmente, mas consegue
impressionar e entreter com suas cenas de ação. Não houve introdução de humor
desnecessário e todos os atores se saíram bem com suas atuações, principalmente
quando conseguiram transmitir seus sentimentos diante daquele ambiente caótico
e degradante.