RAMBO: ATÉ O FIM
“Siga as luzes...se quiser
viver!” – John Rambo
Sanguinário, violento,
visceral, mas extremamente bom, é assim que podemos classificar o filme de
Stallone: “RAMBO: ATÉ O FIM”. Com uma história sempre envolta nos assuntos da
atualidade e isto é uma constante nos roteiros de Rambo, Stallone sempre soube
como ninguém adaptar o herói as circunstâncias mais evidentes e polêmicas desde
a guerra do Vietnã até os conflitos dos EUA na fronteira com o México, mote
deste RAMBO 5. O tempo passou para Rambo, que agora vive recluso em um rancho.
Sua vida marcada por lutas violentas ficou para trás, mas deixou marcas
inesquecíveis. No entanto, quando uma jovem de uma família amiga é sequestrada,
Rambo precisa confrontar seu passado e resgatar suas habilidades de combate
para enfrentar o mais perigoso cartel mexicano. A busca logo se transforma em
uma caçada por justiça, na qual nenhum criminoso é perdoado.
Vingança. E desta vez é
extremamente pessoal. No primeiro filme, conhecemos o herói de guerra,
esquecido pelo seu país tentando adaptar-se ao mundo no qual ele não pertence.
Nas suas próprias palavras, ele na sociedade mal consegue um emprego como
manobrista, enquanto na guerra, era um combatente que pilotava helicópteros,
manuseava armamento pesado, sabia tácticas de sobrevivência na guerra. Uma
verdadeira máquina de matar, um verdadeiro exército de um homem só, o qual se
vê solitário e perdido num mundo que o rejeita como escória. No segundo filme,
temos ele pagando o preço pelos seus atos, numa prisão até o momento no qual é
convocado para apenas “fotografar” supostos prisioneiros americanos. A missão
dá errado e ao deparar-se com soldados americanos sofrendo as mais duras
torturas o patriotismo de Rambo vem à tona e ele resolve salvar aqueles homens.
Desta vez, a luta era pelo seu pais.
No terceiro filme,
aparentemente longe dos horrores sofridos nos conflitos dos filmes anteriores,
Rambo parece estar em Paz consigo, buscando um equilíbrio interior num mosteiro
budista. Até que mais uma vez, seu passado vem à tona através de mais um convite
para outra missão. Rambo prefere recusar, então seu amigo, o Coronel Trautman
tenta cumprir a missão em seu lugar, mas ele é capturado e com isso, o governo
americano resolve “esquecer” o veterano soldado nas linhas inimigas. Mas quando
Rambo fica sabendo, resolve intervir para salvar o seu único amigo.
No quarto filme, novamente
tentando levar uma vida pacifica na Tailândia, ele se envolve com missionários
tentando levar medicamentos e comida
para a tribo Karen e precisam passar pelas minas terrestres escondidas pelo
caminho que leva ao campo de refugiados. Depois de muita insistência, Rambo
aceita levá-los, porém, um tempo depois, o grupo é sequestrado pelo exército
birmanês e o herói terá de resgatá-los. Por mais que o velho ex-combatente
procure evitar conflitos, os conflitos sempre estão perto dele.
E neste quinto filme, tudo
indicaria o encontro com a tão procurada Paz para este velho soldado. Porém,
mesmo inconscientemente, o espírito de combate está presente dentro dele e na
sua maneira, procura ajudar espontaneamente um povoado vizinho do Arizona, o
qual está prestes a ser devastado por uma enchente causada por uma forte
tempestade. A primeira cena do filme, nos mostra um John Rambo melancólico por
não ter conseguido salvar quantas pessoas queria.
Ao término do filme,
percebemos o quanto de complexo é este personagem, em sua profunda e ferida
existência, mesmo tentando manter-se distante dos conflitos e traumas
interiores. Como em suas próprias palavras, o mundo é horrível, e as pessoas
que são más, nunca mudam. A mesma reflexão ele toma para si, quanto na última
cena, sentado numa cadeira de balanço, seu olhar se perde diante do quadro
instaurado naquele momento. É a dor, é a solidão, é a sede da vingança é toda
sua vida repassada mais uma vez na mente, num misto de agonia e raiva, tentando
de novo, se recompor e reconhecer quem realmente ele é. É forte, é simbólico, é
profundo.
Com certeza, “RAMBO: ATÉ O
FIM” marca uma grande história do personagem, mesmo com o excesso de violência,
mas esta violência não é gratuita. Cada bala, cada soco, cada facada dada,
possui uma motivação com endereço certo. Talvez o filme não faça tanto dinheiro
como deveria, mas é sem dúvida, um filme que merece ser visto com um olhar
mergulhado na personalidade deste grande personagem que, aparentemente, encerra
sua carreira no cinema.
PROGRAMA CLUBE DO FILME
Neste sábado, 13h, na Rádio
Cultura do Nordeste, tem o seu programa de cinema CLUBE DO FILME. Comandado por
Edson Santos e Mary Queiroz. O programa debate o tema " GRANDES FILMES
ADIADOS". Nos estúdios da Rádio Cultura, os convidados Euller Moura,
Felipe Queiroz, Alysson Rodrigo e Antônio Luiz.
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