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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

COLUNA DO DELEGADO LESSA

 


É preciso cuidar da saúde mental dos profissionais de segurança!

Os profissionais de segurança pública têm o dever de garantir proteção aos cidadãos. Para tanto, precisam enfrentar desafios como a falta de infraestrutura, escassez de recursos e baixo efetivo. Tais dificuldades, aliadas a outros fatores, podem interferir na saúde mental destes profissionais, um problema que ainda precisa receber maior atenção por parte do poder público e da sociedade em geral.

Um caso ocorrido na semana passada demonstra esta situação. O colega e amigo da corporação - delegado de Polícia Civil de Pernambuco Manoel Martins - foi encontrado morto na Delegacia de Vitória de Santo Antão, na manhã da quinta-feira (10). Ele estava enfrentando uma depressão e tirou a própria vida com um disparo de arma de fogo.

Lamentavelmente, este não é um caso isolado. Um levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública mostra que, em 2018, a quantidade de policiais que cometeu suicídio foi maior do que o número dos que morreram em confronto nas ruas. Naquele ano, 343 policiais foram mortos; destes, 87 em horário de serviço, enquanto 104 profissionais tiraram a própria vida.

Não é uma tarefa simples apontar as causas deste comportamento. Estudiosos de vários segmentos afirmam que o suicídio pode ser resultado de múltiplos fatores. Exposição a situações traumáticas, insatisfação profissional e problemas pessoais são algumas das dimensões que podem acentuar (ou atenuar) o comportamento suicida.

Estes fatos devem servir como sinais de alerta. É preciso desenvolver políticas públicas de acompanhamento e proteção destes profissionais. A segurança da população depende das boas condições dos servidores que atuam diariamente na área, dedicando suas vidas em prol do bem comum.