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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

COLUNA OPINIÃO DE MULHER COM A PROFESSORA UNIVERSITÁRIA E ENFERMEIRA NAYARA SOUZA



PRA QUE LICITAÇÃO? VIVA O CARNAVAL!

Nesse mês de Fevereiro, ocorreu na cidade de Caruaru o Baile Municipal. A festa teve um intuito de resgatar a tradição dos antigos bailes carnavalescos que ocorriam há anos atrás e foram sendo desfeitos ao longo o tempo. Os caruaruenses passaram a migrar para o litoral e algumas cidades em que o carnaval se tornou forte, a exemplos de Olinda e Salvador. 

Diante disso, a gestão municipal anunciou que faria o resgate da festividade e que o Baile passaria a integrar a agenda de eventos da cidade como uma atividade promovida pelo poder público. E de fato, a festa foi um sucesso! A casa de shows esteve lotada, as pessoas extremamente animadas e as atrações agradaram o público em geral. Os valores para participar não foram os mais baratos, as mesas custaram R$ 500,00 e os camarotes apenas R$ 5.000,00. Na verdade, o baile atendeu bem ao público com um poder aquisitivo digamos que, mais bem favorecido. Porém, o objetivo inicial da arrecadação seria para doar às instituições sem fins lucrativos da idade, o que seria uma excelente iniciativa, mas não foi o que ocorreu.  Foi recentemente anunciado que a verba obtida irá para o Fundo Municipal de Cultura, onde irá beneficiar as entidades que atendem jovens em situação de risco. Ou seja... ficou tudo em casa mesmo!

Mas, o que foi alvo de muita discussão esses dias refere-se ao valor do aluguel pago a casa de eventos. Foram R$ 120.000,00 pagos a Arena Caruaru, sem ter passado por nenhuma licitação. Como o município decretou estado de emergência recentemente, isso o livra de ter que passar por processos licitatórios, possibilitando a realização de contratos independentes. O Ministério Público recomendou que a prefeitura abrisse licitação, o que não ocorreu. A população aguarda a prestação de contas do evento, lembrando que este foi promovido pelo poder público e é no mínimo ético e moral esse esclarecimento. Até porque, existem áreas prioritárias que estão passando por um processo de escassez e defasagem. É de extrema importância a movimentação do turismo local e investimentos em lazer para gerar renda a localidade, mas não podemos aceitar que quase R$ 400.000,00 sejam gastos em cachês (fora o aluguel exorbitante) enquanto nosso povo sofre com a falta de saneamento básico por exemplo. Prioridades, prioridades!

Essa foi minha opinião de mulher de hoje. Participe conosco enviando suas dúvidas, questionamentos e sugestões para dra.nayarasousa@hotmail.com.