REFORMA DA PREVIDÊNCIA, E AGORA?
Nos próximos
dias está prevista a intensificação na pauta sobre a reforma da Previdência.
Hoje, o país encontra-se com opiniões divididas acerca do tema. De um lado,
especialistas destacam que é imprescindível à reforma diante da sobrecarga do
déficit financeiro governamental, não somente na União, mas também nos Estados
e Municípios. Por outro lado, existe o risco de uma diminuição drástica de
direitos adquiridos, os quais podem influenciar diretamente na qualidade de
vida das pessoas.
O que ambos os
lados se aproximam é a certeza de que como está não há condições de manter a
estabilidade da Previdência. Foi veiculado na mídia que o governo estuda
unificar a aposentadoria na idade mínima de 65 anos, para homens e mulheres.
Além de expandir o tempo de contribuição mínima de 15 para 20 anos, e de 30
para 40 anos o tempo de serviço. Lembrando que segundo a proposta inicial,
haverá um tempo de transição para adequação das mudanças e manteriam
assegurados aqueles que já estão aposentados, assim como a especificidade de
algumas profissões.
A principal
mudança anunciada pela equipe econômica liderada por Paulo Guedes seria a de
adoção do regime de capitalização. Hoje, o Brasil utiliza o regime de sistema
de repartição. Nesse modelo, o trabalhador contribui para a aposentadoria dos
que já estão aposentados e, no futuro, quem irá pagar a sua aposentadoria serão
os que estarão trabalhando. Já o sistema de capitalização é o contrário, o
trabalhado contribui para ele mesmo. Essa contribuição mensal será utilizada
para quando ele se aposentar utilizar. Um fator muito importante a se analisar,
é que o sistema de repartição sobrecarregou a previdência visto que, a taxa de
natalidade diminuiu, assim como a de mortalidade. Então, temos um desequilíbrio
populacional. A pirâmide etária brasileira não permite mais a manutenção desse
modelo, pois temos mais pessoas envelhecendo do que trabalhadores suficientes
contribuindo.
Uma mudança
assim tão drástica, onde irá influenciar diretamente na vida das pessoas requer
muitas discussões e análises para que seja realizada uma reforma justa e
eficiente, onde o bem comum seja priorizado. Ainda não foram bem esclarecidas
como serão realizadas as modificações, como será a transição de um modelo para
o outro e etc. O fato é que a sociedade não compreende bem o funcionamento do
sistema previdenciário vigente, quanto mais a implantação de um novo modelo! E
isso, claro que deixa margem para muitas especulações, fake news, medos e
discussões sem fundamentos fidedignos.
Essa foi minha
opinião de mulher de hoje. Participe conosco enviando suas dúvidas,
questionamentos e sugestões para dra.nayarasousa@hotmail.com.