E O
SÃO JOÃO DE CARUARU?
Nos últimos dias o mundo
está em alerta ao Coronavírus. A necessidade em adotar as medidas de prevenção
tem causado uma verdadeira “cascata” de alterações em todos os setores da
sociedade. Escolas fechadas, comércio parado em diversos estados, falta de
materiais nos hospitais, aumento de preços em alguns itens, proibição de
aglomerações acima de 10 pessoas, medidas provisórias lançadas pelo governo a
cada dia, entre outras.
Muitas cidades já anunciaram
o adiamento ou suspensão, de festividades tradicionais que fazem parte de seus
calendários. Como exemplos da Paixão de
Cristo, em Nova Jerusalém, Festival do Jeans em Toritama, Festival Viva
Dominguinhos em Garanhuns e São João de Campina Grande. Em Caruaru, até o
presente momento não houve uma definição como será o São João. Em várias
entrevistas, quando questionada, a prefeitura alega está avaliando como
procederá.
É importante destacarmos que
o momento pede bom senso. Mesmo o evento sendo uma importante ferramenta
econômica para o município, estamos em situação crítica no país inteiro. Onde,
a recomendação dos órgãos de saúde é não realizar nenhuma atividade com
ajuntamentos de pessoas. O São João faz circular pessoas não apenas da
localidade, mas envolve diversos estados.
Em uma coletiva realizada
ontem (02), o Ministro do Turismo, ao ser questionado sobre o São João de
Caruaru, o mesmo falou sobre o pacote econômico disponibilizado aos municípios
para dar suporte para enfrentar o período e orienta que todas as cidades sigam
as recomendações do Ministério da Saúde em não ter aglomerações. Sabemos que
faltam menos de 90 dias para o São João e seria uma atitude irresponsável
manter o evento.
Em entrevista a Rádio Globo
em Recife, a gestora do município afirmou que ainda é cedo para decidir sobre o
São João e que aguardará a evolução da doença no país.
Em redes sociais, muitas
pessoas tem questionado porque não utilizar verbas destinadas ao evento para
dar um suporte maior as famílias da cidade que estão passando sérias
necessidades. Muitos ambulantes, sulanqueiro e desempregados estão passando
fome. Será que dá para pensarmos em festa? Fazer campanha para arrecadar
alimentos com o dinheiro da população é a solução e o verdadeiro papel de uma
gestão pública?
Pelo menos contamos com a
solidariedade das pessoas, que é grande e tem salvo muitas vidas!
Essa foi minha Opinião de
Mulher de hoje. Nos acompanhe nas redes sociais. Instagram: Nayara_gsousa e
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