A equipe da 104ª Circunscrição
Policial, a DP de Belo Jardim, tomou conhecimento, na manhã desta sexta-feira
(13), de que uma mulher estaria desaparecida desde o dia de ontem, data em que
vista pela última vez. Familiares relataram que ADRIANA, até então
“desaparecida”, teria falado com seus pais ainda na parte da manhã, mas depois
não mais falou. Na manhã de hoje um irmão da vítima foi até o seu local de
trabalho, onde soube que Adriana não havia comparecido, o que causou estranheza
na família, já que ela nunca havia faltado ao trabalho.
Quando a família registrava o
boletim de ocorrência nesta Delegacia compareceu também o companheiro da
vítima. Ao ser perguntado sobre o paradeiro de Adriana, o companheiro dela, Valdir
José dos Santos, informou que ao sair logo cedo para trabalhar ela teria
ficado em casa para também ir para o seu trabalho.
A partir de outras informações
prestadas os Policiais Civis foram checar as informações do esposo da vítima, in
loco e com pessoas por ele citadas, quando se descobriram algumas contradições
por parte do companheiro, que nesse momento passou a figurar como suspeito. Ao
ser novamente questionado, continuou informando não saber da vítima, sendo
então conduzido até o sítio de sua propriedade, local em que autor e vítima
foram vistos juntos pela última vez ontem, e onde ele cuidava de alguns animais
e mantinha plantações. O terreno passou a ser vistoriado pelos Policiais,
quando então foram encontrados restos de uma fogueira, cujas brasas estavam
espalhadas pelo chão. Em seguida foram encontrados o que seriam fragmentos
ósseos e alguns dentes humanos, aumentando a suspeita de que poderiam ser da
vítima. Ao ser novamente indagado sobre o fato, o companheiro finalmente
admitiu a autoria do crime, cuja motivação seria o fato de ter confirmado as
suspeitas de estar sendo traído pela vítima, cujo ápice teria sido na última
terça-feira, quando a flagrou entrando em um carro desconhecido. Acerca da dinâmica
do crime, relatou que na tarde de ontem tiveram uma discussão em razão dos
ciúmes que sentia e pela desconfiança, ocasião em que a empurrou e a vítima
caiu ao chão, na queda, um toco de madeira teria perfurado sua nuca, indo a
óbito em seguida. Para não ser descoberto, cobriu o corpo com mato, madeiras e
outros objetos e ateou fogo. O local foi periciado pelo IC de Caruaru e os
restos mortais da vítima recolhidos pelo IML.
O autor foi levado para a delegacia
de plantão em Belo Jardim, onde foi autuado em flagrante delito e será
apresentado amanhã em audiência de custódia.