Quatro indivíduos que se
envolveram na troca de tiros com a Polícia Militar que resultou na grave lesão
do jornalista Alexandre Farias, que coincidentemente estava passando pelo
local, no bairro Alto do Moura, ter sido atingido por uma bala perdida com um
tiro na cabeça, foram julgados nesta quarta-feira (21), no Tribunal do Júri do
Fórum Demóstenes Veras em Caruaru.
Este caso ocorreu na noite
do sábado 16 de setembro de 2017, os marginais que eram fugitivos do presídio
de Alcaçuz, no Rio Grande do Norte, tinham acabado de tomar um carro de assalto
no bairro Caiucá e policiais do 4º BPM foram informados que eles seguiram
sentido bairro Alto do Moura, uma guarnição que fazia o patrulhamento no bairro
percebeu a chegada dos marginais e foi tentar prendê-los, nisso eles arrancaram
com o veículo abruptamente e mesmo a via estando interditada, pois o Samu
estava socorrendo uma jovem que havia sofrido um acidente de trânsito, os
marginais ignoraram e atropelaram a vítima e os socorristas do Samu, saíram em
fuga e em seguida caíram em um barranco no Sítio Taquara de Baixo, de onde fugiram
se embrenhando pelo matagal.
Na segunda-feira, dia 18 de
setembro de 2017, a Polícia Civil recebeu a denúncia de que a quadrilha estaria
homiziada numa chácara as margens da estrada do Sítio Lagoa de Pedra, foi
montada uma operação e quando os policiais chegaram na chácara foram recebidos
por uma mulher com uma criança no colo, que alegou que não havia ninguém no
interior do imóvel, porém os policiais foram surpreendidos com os marginais que
estavam dentro da casa e receberam o policiamento á bala. Houve revide a
injusta agressão, os policiais mesmo estando em campo aberto se ampararam
detrás de algumas árvores e com o apoio do helicóptero do GTA, e durante uma
intensa troca de tiros, balearam um dos bandidos Igor Alves do Nascimento, de 34 anos, que morreu no local.
Nesta quarta-feira sentaram
no banco dos réus, Vitor Luiz Bezerra da Silva, vulgo “Branquinho”; Jefferson
Santos da Silva, vulgo “Galeguinho ou Liliu”; Vagner Santos Figueiredo, vulgo “Negão”
e José Ranieri de Oliveira Simão, num julgamento que teve início as 8 horas da
manhã e só foi finalizado as 10 horas da noite. Todos foram condenados por
tentativa de homicídio contra os 12 policiais civis envolvidos na operação, Vitor
pegou 8 anos e dois meses de reclusão e mais um ano e meio de detenção,
Jefferson foi condenado a 11 anos, três meses e 12 dias de reclusão e ainda dois anos e 29 dias de
detenção, Vagner e Raniere pegaram 14 anos e dois meses de reclusão e ainda
seis anos e 15 meses de detenção. .
Os marginais ainda serão
julgados pela troca de tiros com os PMs, que balearam o jornalista Alexandre
Farias e pelo atropelamento a vítima do acidente e dos socorristas do Samu. Como
já estavam presos retornaram para os presídios de origem.