Na madrugada desta
quarta-feira (15/05), a população da cidade de Arcoverde recebeu abalada a
notícia do possível assassinato do Professor Henry Pereira da Silva, gestor da
Escola Monsenhor José Kerhle. Imediatamente, os gestores da AIS 19, Delegado
Seccional Israel e Tenente Coronel Costa Júnior foram incumbidos de
providenciar a elucidação do caso. Já nas primeiras horas, posteriores ao
delito, a Polícia Civil, por meio da Delegacia de Polícia da 156ª Circunscrição
de Arcoverde, com o apoio da Unidade Regional de Polícia Científica do Sertão
do Moxotó, conseguiu amealhar informações de que o incêndio na casa da vítima
(Professor Henry) havia sido criminoso, sendo realizada perícia no local, com
coleta de material genético.
As equipes de investigação
da Delegacia de Polícia da 156ª Circunscrição de Arcoverde, e da 19ª Delegacia
Seccional de Arcoverde conseguiram coletar várias imagens de câmeras de
segurança nas proximidades do local do suposto crime, identificando alguns dos
supostos autores e partícipes. Rapidamente, a Polícia Civil, com o apoio do
Núcleo de Inteligência da Polícia Militar (NIS 1) conseguiu localizar dois
suspeitos, e com a integração que lhes é peculiar, e a frutífera parceria com o
Ministério Público e Poder Judiciário da Comarca de Arcoverde, foi manejada
Representação de Prisão Temporária, subscrita pelos Delegados de Polícia Israel
Rubis e Marcos Virgínio, alçando êxito na decretação da prisão cautelar de
ANDRÉ VILELA DOS ANJOS, e AYANNE SANTOS DE FREITAS BEZERRA, na qualidade de autor
e partícipe do crime, sendo cumpridos os respectivos mandados de prisão, com
menos de 24 horas da prática delituosa.
É importante ressaltar que a
Polícia Civil também realizou um trabalho integrado com a Perícia Criminal,
através da URPOC de Arcoverde, e do IML, buscando idealizar a dinâmica
criminosa, obtendo informações de que a vítima foi asfixiada com um saco
plástico, e provavelmente, golpeada com uma faca ou punhal, na altura da nuca,
por trás da cabeça, bem como teve seu corpo queimado pelas chamas antes de
morrer. Tais fatos foram de grande valia, visto que o corpo foi encontrado
carbonizado, não sendo possível observar, preliminarmente, lesões que
indicassem violência.
Os presos foram
interrogados, negando a autoria do crime, tendo André Vilela dos Anjos
informado que mantinha um relacionamento amoroso homoafetivo com a vítima, há
cerca de cinco meses, confirmando a presença na residência minutos antes da
morte daquela.
Durante a prática delituosa,
foram subtraídos objetos da vítima, bem como um veículo Chevrolet Prisma, cor
branca, o qual foi encontrado queimado, pela Polícia Militar, na zona rural de
Arcoverde. O investigado André Vilela dos Anjos foi flagrado por um circuito de
filmagens, saindo da residência da vítima com três bolsas, contendo objetos
subtraídos, e usando uma bicicleta de propriedade da vítima.
A investigação criminal
estima que Ayanne Santos de Freitas Bezerra tenha atuado como olheira, enquanto
André e outros praticavam o crime.
O inquérito policial
continua sendo instruído, através de provas técnicas, no tocante a comparação
de amostras material genético encontrados na cena do crime, e em objetos
descartados pelos autores, avançando para buscar os demais envolvidos que
participaram deste bárbaro crime.
Tal ação integrada
constitui-se como importante linha de repressão aos crimes contra a vida e
contra o patrimônio, no âmbito do Estado de Pernambuco, no Pacto Pela Vida, da
Secretaria de Defesa Social.