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segunda-feira, 8 de agosto de 2022

POLÍCIA FEDERAL DEFLAGRA OPERAÇÃO DÓLOS EM RIBEIRÃO PRETO EM SÃO PAULO

 




A Polícia Federal em Ribeirão Preto/SP deflagrou no dia 04/08, a operação DÓLOS, nas cidades de Rifaina-SP e Franca-SP, para combater crimes de abuso sexual infantil. O investigado foi preso e atuava por meio das modalidades conhecidas como “grooming” (o aliciamento de menores através da internet, com a finalidade de se buscar benefícios sexuais) e “sextortion” (extorsão sexual decorrente da posse dos materiais de abuso sexual).

O investigado abordava suas vítimas, todas menores e com idade de 08 a 16 anos, através perfis falsos de aplicativos de conversas de redes sociais se passando por agente de modelos e, no decorrer da conversa, o investigado adentrava no universo imaginário infanto-juvenil com falsas promessas de futuros trabalhos com seus ídolos e solicitava fotos das crianças nuas e em cenas de sexo. No total foram identificados 11 perfis falsos e 24 vítimas.

Nesse contexto, quando a criança começava a resistir e se negava a enviar mais material de natureza sexual, o investigado, já de posse de arquivos de imagens e vídeos enviados pelas crianças em situações de natureza sexual coagia e forçava as crianças a continuarem a fornecer imagens sexuais, sob ameaças de divulgar na internet ou enviar aos seus pais.

O investigado responderá pelos crimes de estupro virtual de vulnerável em 17 ocasiões, divulgação de cena de estupro de vulnerável e produzir, dirigir cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente. As penas totais dos crimes variam de 187 a 302 anos de prisão. O nome da operação, DÓLOS, tem significado na mitologia grega Dolo ou Dólos, que personificava o ardil, a fraude, o engano, a astúcia, as malícias, as artimanhas e as más ações

CARACTERÍSTICAS E COMO AGEM OS PEDÓFILOS

1. Não existe um perfil definido; um pedófilo pode ser qualquer pessoa;

2. Procuram crianças com pouca ou nenhuma supervisão dos pais e que passam a maior parte do tempo trabalhando fora e que não tem tempo para lhes dar atenção;

3. Procuram crianças que tem fácil acesso à internet e telefones sem fiscalização dos pais;

4. Usam perfis falsos: negam a idade, nome, endereço e se fazem passar por crianças e adolescente;

5. Perguntam onde fica o computador que a criança está usando para saber se é um lugar onde circula muitos adultos e perguntam se existe algum adulto vendo a conversa dos dois.

6. Convencem a criança a ligar sua webcam para fotografá-la e filmá-la;

7. Abordam temas sexuais com uma linguagem de forma bem sutil e delicada, como fábulas, contos, histórias para reduzir a sua inibição e cativá-la;

8. Dizem que podem matar os pais e ameaçam contar os segredos e divulgar as imagens e fotos que conseguiram forçando a criança a se calar e não contar nada para ninguém.

 

TRÊS PONTOS FUNDAMENTAIS: COMUNICAÇÃO – INFORMAÇÃO – OBSERVAÇÃO

 

1. COMUNICAÇÃO - MANTENHA SEMPRE UM DIÁLOGO ABERTO DIARIAMENTE COM SEU FILHO. Gaste um tempo diário para conversar e se comunicar com a criança sobre como foi o dia dela com perguntas tais como: O que ele fez, com quem conversou, para onde foi, se conheceu algum amigo novo, se aconteceu alguma coisa ou algum amigo ou adulto lhe ameaçou, espancou, disse algo que não gostou ou achou estranho; Criando este hábito saudável quando a criança notar o primeiro sinal de perigo ela procurará ajuda em seus familiares e não terá medo ou receio de contar tudo que está acontecendo porque saberá que terá ajuda, proteção e apoio.

 2. INFORMAÇÃO - PROIBIR NÃO EDUCA E NEM PREVINE O MELHOR CAMINHO É A ORIENTAÇÃO E INFORMAÇÃO. Alerte a criança sobre os perigos que ela pode encontrar caso não tome alguns cuidados essências e ensine a evitá-los tais como: INSTRUA seu filho a nunca incluir desconhecidos em seu rol de amizades, mantendo apenas pessoas que conhece no mundo real como os parentes, colegas de escolas e vizinhos. ORIENTE seu filho a não fazer fotos íntimas e nem postar ou repassar para ninguém sob qualquer pretexto.  A maioria dos abusadores dizem a criança para manter o abuso em segredo. Isso pode ser feito de uma maneira amigável, como “Eu adoro brincar com você, mas se contar a outra pessoa sobre o que fazemos, não vão me deixar voltar aqui e também podem intimidar a criança dizendo que vão fazer mal com seus pais. Portanto, a criança deve ficar sabendo que não importa o que alguém lhe fale, segredos sobre tocar em partes do corpo e fotografar suas partes íntimas não é algo normal. ALERTE a criança que as partes íntimas do seu corpo têm limites e são chamadas assim porque não são para que todos vejam e toquem. Portanto ela não deve permitir que ninguém toque em nenhuma parte do seu corpo e que nenhuma pessoa pode pedir para ela tocar no corpo dela.

3. OBSERVAÇÃO - PRESTE ATENÇÃO NA MUDANÇA DE COMPORTAMENTO DA CRIANÇA. Os pais precisam ficar atentos em alguns sinais que a criança naturalmente desenvolve quando está sendo vítima de abuso sexual. A mudança de comportamento é um dos principais fatores que denotam que alguma coisa não está bem na vida da criança. Dentre as várias alterações de condutas e atitudes estão o desenvolvimento de traumas, medo excessivo, dificuldade para dormir, depressão, aumento ou diminuição do apetite, extrema vergonha e bloqueio cognitivos para contar o que aconteceu. Ficam retraídas, isoladas, arredias; Tem queda no rendimento escolar e dificuldade na aprendizagem; Não quer mais frequentar as aulas quando o agressor é da escola; Quando o abuso é dentro de casa, a criança não quer ficar perto do pai ou do parente; Apresentam sexualidade e conversas sobre temas sexuais não correspondente a sua idade; Poderão apresentar corrimento e hemorragia vaginal e ardor ao urinar; Desenvolve uma perda da autoestima com a sensação de não ter nenhum valor e se automutilam;

4. A Idade para se fazer um perfil no WhatsApp é 16 anos e no Facebook é de 13 anos que segue uma lei federal dos EUA criada em 1998;

5. Os pais devem ter um conhecimento básico de internet e computação – Não precisam ser usuários assíduos das redes sociais, nem experts, mas tem a obrigação de conhecê-las, para entender em que consiste seu funcionamento e avaliar os perigos dessas ferramentas e explicar para seus filhos.

6. Entre regularmente no perfil do seu filho para ver o que ele tem postado e com quem tem iniciado amizades;

7. Não permita altas horas de exposição na internet – os jovens pertencem a uma geração que se comunicam por meio da internet, eles tendem a passar muito tempo conectados – cabe aos pais impor regras e limitar o tempo. Alguns adolescentes ultrapassam a linha da normalidade rumo a compulsão e ao vício. Nesse caso, os pais devem procurar um psicólogo para avaliar se uma consulta e terapia é necessária.

8. Se seu filho fica muito tempo no computador ofereça alternativas para fazer outra coisa tais como atividades físicas, cinemas, teatro, esportes.

9. Crianças não podem ter conteúdos privados que seus pais não possam acessar. Uma criança sozinha no meio da rua de madrugada é vulnerável e está sujeita a todo e qualquer risco. Na internet é a mesma situação.