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segunda-feira, 1 de junho de 2020

COLUNA DO DELEGADO LESSA




Falta de diálogo da Prefeitura de Caruaru expõe descaso com feirantes

Na atualidade, o diálogo com a sociedade é uma das exigências da administração pública, mas parece estar completamente despercebida pela gestão municipal de Caruaru, que perpetua práticas antigas, com raízes no coronelismo. Exemplo disso aconteceu no último sábado (30.05), quando foi feita a interdição de 58 barracas próximas ao Rio Ipojuca, no Parque 18 de Maio. Peças de bicicletas, roupas e calçados são alguns dos produtos comercializados no lugar.

Pelas redes sociais, circularam áudios e vídeos de comerciantes preocupados, sem informações claras sobre os rumos dos seus estabelecimentos. Além dos efeitos da pandemia, muitos feirantes ficaram angustiados ao verem suas barracas interditadas e sob anúncio de demolição. Em um momento de crise econômica, esses cidadãos se sentiram prestes a perder a forma que dispõem para sustentar suas famílias.

Depois que o fato gerou polêmica em toda a cidade e foi retratado em alguns veículos de imprensa, é que a Prefeitura emitiu uma nota de três parágrafos, afirmando que as barracas interditadas “precisam ser realocadas”. O documento registra que “existe uma ação no Ministério Público que diz que não pode haver ocupação nesta área, por se tratar de um local de proteção permanente”, mas não traz esclarecimentos sobre para onde irão as barracas, nem quando será efetivada a transferência.

Fonte de renda para milhares de caruaruenses, a feira é um fator indispensável da história e da identidade do município. As decisões precisam ser implementadas em sintonia com a sociedade, mas a atual gestão revela inabilidade para dialogar – o que ficou evidente em momentos como a apresentação de um estudo técnico sobre o Parque 18 de Maio, realizado pelo Corpo de Bombeiros em uma audiência pública que promovemos em agosto do ano passado pela Comissão de Desenvolvimento Econômico e Turismo da Alepe, a qual contou com representantes de diversos segmentos estaduais e locais, menos do poder público municipal. A Prefeitura precisa entender que os cidadãos devem ser tratados com respeito. É preciso pensar nas pessoas e não nas coisas.