A Polícia Federal em
Pernambuco deflagrou, na manhã de ontem (09), a fase ostensiva da investigação
denominada Operação Curica.
Foram cumpridos 14 mandados de
busca e apreensão, 9 mandados de prisão temporária e o sequestro de bens móveis
e imóveis, nas cidades de Recife, Serra Talhada, Sorocaba/SP e Campo Grande/MS.
A investigação da Polícia
Federal, iniciada no final do ano de 2020, apura as ações de um grupo criminoso
comandado por um empresário pernambucano do ramo de hotéis, motéis e postos de
combustíveis, especializado na prática de crimes de crimes de usura
(agiotagem), pistolagem e de lavagem de dinheiro.
Durante a fase sigilosa da
apuração, segundo a PF, foi identificado que, "somente nos últimos cinco
anos o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 130 milhões de reais por meio de
contas bancárias de seus integrantes e de terceiras pessoas cooptadas com essa
finalidade (laranjas), sem qualquer comprovação da origem lícita dos valores".
"Também foram
identificadas diversas pessoas jurídicas criadas pela organização com a única
finalidade de facilitar a lavagem dos valores obtidos com as práticas
ilícitas", alegou a corporação.
Ainda de acordo com a Polícia
Federal, dentre os investigados estão um militar do Exército Brasileiro e um
policial federal, ambos alvos de mandados de busca e apreensão, em seus
principais endereços, e de prisão temporária. Os nomes dos suspeitos não foram
divulgados.
Nesta terça (9), durante o
cumprimento das ordens judiciais, a Polícia Federal apreendeu veículos, valores
em espécie, cheques bancários, equipamentos de informática, armas de fogo,
jóias e bens de luxo.
O nome da operação, Curica,
faz menção à alcunha de um dos principais investigados, segundo a PF.