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terça-feira, 16 de junho de 2020

POLÍCIA FEDERAL E CONTROLADORIA GERAL DA UNIÃO DEFLAGRARAM DUAS OPERAÇÕES EM PERNAMBUCO PARA INVESTIGAR POSSÍVEIS IRREGULARIDADES DE DESVIOS DE VERBA PÚBLICA PARA O COMBATE AO COVID-19.

PF cumpre 13 mandados em 2ª fase de operação que mira vereador de Vitória  da Conquista - Metro 1


A Polícia Federal em Pernambuco deflagrou, em parceria com a Controladoria-Geral da União, a operação Casa de Papel para investigar a contratação, sem licitação, da empresa AJS COMÉRCIO E REPRESENTAÇÃO LTDA, por algumas prefeituras pernambucanas para fornecimento de materiais médico-hospitalares para enfrentamento à pandemia de COVID-19. Os contratos somam quase R$ 9 milhões de reais.

Verificou-se que a empresa contratada era de fachada, fora constituída em nome de laranjas e pertencia, em verdade, a um grupo econômico que já vinha sendo favorecido há quase uma década por contratações públicas milionárias, via de regra, envolvendo atividades de gráfica.

A investigação constatou que boa parte dos recursos públicos recebidos era sacada em espécie ou então remetida para contas de “laranjas” ou de empresas fantasmas, onde eram igualmente sacados em espécie, e geralmente de maneira fracionada - para não chamar a atenção dos órgãos de controle. Suspeita-se que o dinheiro vivo era utilizado para pagar propina a políticos envolvidos nas contratações.

Ao todo, 160 policiais federais cumprem 35 mandados de busca e apreensão que têm por objetivo investigar os crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsidade ideológica, corrupção ativa e dispensa indevida de licitação.

Paralelamente a Polícia Federal em Pernambuco, com o apoio da Controladoria-Geral da União, estão realizando outra operação no grande Recife, onde estão dando cumprimento a 6 mandados de busca e apreensão na denominada Operação Antídoto, com o propósito de investigar as contratações diretas emergenciais realizadas pela Secretaria de Saúde da Prefeitura do Recife em favor da empresa FBS SAÚDE BRASIL COMÉRCIO DE MATERIAIS MÉDICOS EIRELI no enfrentamento à pandemia de COVID-19.

Foram constatados indícios de que a empresa - favorecida com 14 dispensas de licitação superiores a R$ 81 milhões de reais somente nessa época de calamidade pública - estaria constituída em nome de “laranjas” e não teria capacidade operacional para fazer frente aos contratos.

Além disso, foram detectadas diversas irregularidades nos procedimentos de dispensa de licitação realizados pela Secretaria de Saúde do Recife, indicando terem sido eles montados com o propósito de justificar a contratação da FBS SAÚDE BRASIL.

Os crimes investigados são de falsidade ideológica, peculato (desvio de dinheiro público) e dispensa indevida de licitação, sem prejuízo de outros que possam surgir no decorrer da apuração.

As 10 horas da manhã será realizada uma coletiva de imprensa na sede da Superintendência da Polícia Federal no Recife para apresentar detalhes das investigações.