A PANDEMIA EM CARUARU
Os últimos dias tem sido marcados por aumento de casos e óbitos por COVID-19 em Caruaru. Os leitos de Unidade de Terapia Intensiva têm operado com 100% de ocupação ou próximo disso, tanto na rede pública, como na rede privada.
Nos preocupa principalmente
porque os leitos de enfermaria também operam com índices de ocupação elevados e
já é possível observar uma sobrecarga nas Unidades de Pronto Atendimento –
UPAS. Esse ciclo de aumento da demanda fragiliza outros serviços também
urgentes, o que vai gerando mais pessoas desassistidas.
Como já venho alertando em
outras colunas, o perfil de ocupação desses leitos também mudou, e nos chama a
atenção o agravamento de pessoas mais jovens. Por exemplo, no último Sábado
faleceu o empresário Caruaruense Ricardo Henrique, por complicações da
Covid-19. Ricardo havia passado 31 dias na UTI, o que reforça a tese
apresentada nos estudos mais recentes de que, pessoas mais jovens estão sendo
mais acometidas na forma grave e estas, tem passado mais dias nas UTIs.
A vacinação lenta tem sido
um grave problema em meio a esse caos. As doses ainda não são suficientes para
garantir uma cobertura eficiente. O que é um problema nacional e não apenas
local, tardando ainda mais o retorno da normalidade, permitindo que mais óbitos
aconteçam. O município já registrou 24.144 casos de Covid-19, com 23.472
pessoas recuperadas e 571 óbitos, segundo o último boletim epidemiológico
divulgado na quarta-feira (19).
A falta de compreensão da
população sobre seu papel frente à crise sanitária também é um fator
considerável. Muitos não compreendem que é necessária uma ação conjunta, com a
prática de medidas já amplamente divulgadas. Utilizar máscara e higienização
das mãos, assim como não promover aglomerações é o básico! Mas para alguns,
essa consciência não acontece. É importante reforçar que, se precisarmos de
internamento, provavelmente não teremos.
Esse sem dúvidas, é um dos
momentos mais graves que a cidade passa no que diz respeito a pandemia.