O NOSSO SOFRIDO REGIONAL DO AGRESTE
Nessa última
terça-feira (4), o Hospital Regional do Agreste completou 21 anos. O que
iniciou com um projeto de ser um hotel, hoje representa o principal centro de
emergência da cidade e região, tendo por especialidade destacada, o atendimento
em traumatologia. O Regional foi fundado em 1994, porém o seu funcionamento
somente veio a ativa em 4 de Dezembro de 1997.
Atualmente, são
190 leitos, sendo 18 de Unidade de Terapia Intensiva para adultos. Além do
atendimento médico por especialidades e um corpo clínico formado por cirurgiões
gerais, traumato-ortopedistas, cirurgiões bucomaxilofaciais e cirurgiões
vasculares, o HRA dispõe de clínica médica, trauma em pediatria cirúrgica,
oncologia clínica e cirúrgica, odontologia e neurologia. A maioria dos
atendimentos são voltados para a ortopedia, diante dos altos índices de
acidentes por transporte terrestre.
Em 2015, o
hospital passou por uma importante investigação, quando foi descoberto um
esquema que envolvia profissionais, que propositalmente negligenciavam atendimentos
de pacientes com problemas ortopédicos, para posteriormente oferecer o serviço
de forma paga. A operação denominada Hipócrates, foi presidida pelo Delegado
Erick Lessa, na época Diretor Operacional do Interior I, hoje eleito Deputado
Estadual por Pernambuco. A investigação indiciou 12 suspeitos por crimes como
corrupção ativa e passiva, tráfico de influência, lesão corporal e de integrar
uma organização criminosa.
O Hospital
Regional do Agreste em seu contexto atual necessita de forma clara passar por
melhorias. Melhorias essas que vão desde a sua estrutura física até recursos
humanos.
Ouvimos constantemente dos profissionais que atuam na unidade queixas
das mais diversas, entre estas, da falta de agilidade para a realização de
exames e insumos para o andamento adequado do serviço. Desejamos nessa data
alusiva ao seu aniversário, que o poder público volte os seus olhos com mais
sensibilidade e reconhecimento da valia dessa instituição para os Pernambucanos
e que passe a investir legitimamente na localidade. Infelizmente, o que ainda
se vê é a “territorização” de alguns políticos que se utilizam da unidade como
seu “reduto eleitoral”, o que de fato, é uma vergonha.
Essa foi minha
opinião de mulher de hoje. Participe conosco enviando suas dúvidas, questionamentos
e sugestões para dra.nayarasousa@hotmail.com.