O ‘Muro’ na Sulanca
Símbolo de trabalho
e desenvolvimento, a Feira da Sulanca foi vítima de uma ação injustificável do
poder público municipal. No sábado (18), o acesso ao setor conhecido como
Brasilit foi isolado com tapumes, formando uma espécie de ‘muro’ metálico. Uma
medida adotada sem aviso, indicando falta de planejamento e de diálogo com a
sociedade. Após ser contactado por vários comerciantes, fui ao local e, vendo o
isolamento da Feira, cobrei esclarecimentos sobre a medida em uma live nas
redes sociais. Poucas horas depois da transmissão, a Prefeitura publicou uma
nota voltando atrás e, na manhã do domingo (19), as estruturas foram removidas.
Os sulanqueiros
precisam ser tratados com respeito, não como vilões. A valorização desses
profissionais, que tanto lutam pelo crescimento de Caruaru, faz parte de nossa
história. Em 2015, ainda atuando como delegado, implementamos o programa
Comando Presente, que levou mais segurança aos compradores e vendedores. Após
eleito deputado, trouxemos a estrutura da Assembleia Legislativa de Pernambuco
para a Sulanca, através de visitas técnicas e audiências públicas. Buscamos
recursos em interlocução como Banco do Nordeste e com o Governo do Estado.
Desde março, estamos fazendo o que está ao nosso alcance em relação à pandemia.
Solicitamos ao Governo do Estado e à Prefeitura de Caruaru a testagem da
covid-19 como medida primária; direcionamos mais de R$ 1 milhão para o
enfrentamento ao vírus; estimulamos a produção de máscaras pelos empreendedores
do Polo Têxtil; e sempre nos colocamos à disposição para colaborar.
O caminho para as
soluções passa pelo diálogo. Uma gestão não pode ser feita de improviso. Não
podemos aceitar decisões unilaterais e impensadas, sem levar em consideração o
impacto das ações na vida das pessoas. Caruaru não tem donos, a cidade é do
povo.