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sexta-feira, 10 de julho de 2020

COLUNA CLUBE DO FILME POR MARY QUEIROZ



Drácula de Bram Stoker

Sangue é vida pra uns e morte pra outros

Depois de me render ao charme e sensualidade do Drácula neste filme que foi lançado em 1992, decidi aclamar o mais poderoso e sensual Vampiro de todos os tempos. É importante lembrar que Drácula chegou ao conhecimento da massa através do romance gótico do irlandês Bram Stoker em 1897, e desde então Drácula se consagrou como o maior e melhor vampiro até hoje, com direito a muitas adaptações cinematográficas que queriam manter vivo o mito do vampiro.

Apesar de tantas adaptações, Drácula de Bram Stoker consegue se destacar de todas, tanto pelo conjunto da obra, que é bem fiel ao livro, principalmente na forma como é narrada, como também  por ser um filme que entrega algo único, um Drácula abordado por uma perspectiva mais romântica e humana, dosando sua essência no potencial da sua sensualidade e sexualidade, claro sem esquecer do lado monstruoso, necessário pra vitimizar suas presas e doadoras de sangue contra sua vontade. E até nisso Drácula cativa, pois vemos suas vítimas sedentas, loucas desvairadamente pra saciá-lo e servi-lo.

No início,  temos uma cena pra explicar como foi que no século XV, um líder e guerreiro dos Cárpatos renega a Igreja quando esta se recusa a enterrar em solo sagrado a mulher que amava, pois ela se matou acreditando que ele estava morto e é amaldiçoado a vagar pelo mundo como morto-vivo, sugador de sangue, deixando de ser Vlad e se tornando o Conde Drácula.  Assim,  ele perambula através dos séculos, até que resolve comprar um castelo em Londres. Ao contratar um advogado, descobre que a noiva dele é a reencarnação da sua amada. Deste modo, o deixa preso com suas "noivas" e vai para a Londres da Inglaterra vitoriana, no intuito de encontrar a mulher que sempre amou através dos séculos.

A direção de Francis Ford Coppola (consagrado por grandes obras como O Poderoso Chefão), aqui também se destaca, desde a narrativa é feita por diários pessoais, cartas, diário de bordo, manchetes de jornais e receitas médicas,    capaz de fazer o espectador imaginar que ele próprio está contando o que se passa na mente de cada personagem e o que eles estão sentindo, como pela condução de todo elenco que nos entrega personagens envolventes, marcantes e simplesmente espetaculares.

Gary Oldman é certamente o melhor Drácula . Até nas cenas onde ele não está presente, sua presença é sentida. É como se o ator conseguisse fazer a gente sentir uma gostosa tensão da ameaça constante do Drácula e isso acontece de forma natural.  Impressiona com charme, olhares profundos, desejos e sua sede insaciável por sangue, afinal como o próprio diz, sangue é vida. Seu Drácula faz pleno uso de vários aspectos,  que nos fascina tanto pelo peso dramático, quanto pela sua expressão corporal carregada se sensualidade, mesmo quando ele passa por muitas mudanças como por exemplo quando se transforma em lobo ou morcego, às vezes perturbadoras mas sempre necessárias  ao longo do filme, e assim como  Coppola, seu trabalho aqui é verdadeiramente impressionante.

Anthony Hopkins também entrega um Van Helsing profundo e apaixonado pelo que faz, também muito humano e determinado a acabar de vez com o vampiro, mas ciente de que não é uma tarefa fácil.

Mina Murray Winona Ryder), consegue transitar pela inocência e sensualidade de forma natural. Em todo o filme, sua performance nos enche os olhos, tamanho é o seu talento ao nos entregar sentimentos tão profundos. E sua amiga Lucy (Sadie Frost), fica deslumbrante quando não consegue resistir a sedução do Vampiro, transformando-se assim numa das noivas do temido Drácula.

O advogado Jonathan Harker (Keanu Reeves), é um dos que marca. Neste filme, o ator está contido, meio que amedrontado e nos entrega uma das melhores cenas que é quando Drácula o faz de prisioneiro, deixando-o aos cuidados de suas noivas, e nela podemos ver que sedução e desejos mais profundos são pra predadores e não pra vitimas. Lógico, ele como vítima sabe que não consegue aguentar tantos prazeres por muito tempo e que eles podem acabar com suas forças.

No fim, temos um filme grandioso e que nos surpreende pela todos dedicação de Francis Ford Coppola ao nos entregar uma versão do Conde Drácula que nos enche os olhos, isso num filme que teve todas suas cenas filmadas em estúdio e sem nenhuma locação externa. A fotografia auxilia na narrativa com cores predominantes e o vermelho é muito bem utilizado não só pra o sangue, mas também nos figurinos e ambientes. É simplesmente genial ver como truques de câmeras, efeitos práticos e todos os outros recursos foram capazes de criar tamanha ilusão presenciada pelo nossos olhos. Coppola fez tudo isso sem usar nada de computação gráfica, algo bem difícil pra retratar castelos, montanhas e mares apenas na prática e com maquetes.

Sem dúvida, Drácula de Bram Stoker  é um dos melhores filmes sobre vampiro. Ele consegue deixar o espectador pedindo pra ser também abduzido pelo Conde Drácula do início ao fim.

#DráculadeBramStokerNota10

Programa Clube do Filme

PROGRAMA CLUBE DO FILME

Neste sábado, 13h, na Rádio Cultura do Nordeste, tem o seu programa de cinema CLUBE DO FILME, comandado por Edson Santos e Mary Queiroz.

Vamos dar um passeio no UNIVERSO DAS TRILHAS SONORAS DOS FILMES, com os convidados Bento  Gomes e Zenaldo  Nunes. E tem muito mais, no CLUBE DO FILME. 

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