Drácula de Bram Stoker
Sangue é vida pra uns e
morte pra outros
Depois de me render ao
charme e sensualidade do Drácula neste filme que foi lançado em 1992, decidi
aclamar o mais poderoso e sensual Vampiro de todos os tempos. É importante
lembrar que Drácula chegou ao conhecimento da massa através do romance gótico
do irlandês Bram Stoker em 1897, e desde então Drácula se consagrou como o
maior e melhor vampiro até hoje, com direito a muitas adaptações
cinematográficas que queriam manter vivo o mito do vampiro.
Apesar de tantas adaptações,
Drácula de Bram Stoker consegue se destacar de todas, tanto pelo conjunto da
obra, que é bem fiel ao livro, principalmente na forma como é narrada, como
também por ser um filme que entrega algo único, um Drácula abordado por
uma perspectiva mais romântica e humana, dosando sua essência no potencial da
sua sensualidade e sexualidade, claro sem esquecer do lado monstruoso,
necessário pra vitimizar suas presas e doadoras de sangue contra sua vontade. E
até nisso Drácula cativa, pois vemos suas vítimas sedentas, loucas
desvairadamente pra saciá-lo e servi-lo.
No início, temos uma
cena pra explicar como foi que no século XV, um líder e guerreiro dos Cárpatos
renega a Igreja quando esta se recusa a enterrar em solo sagrado a mulher que
amava, pois ela se matou acreditando que ele estava morto e é amaldiçoado a
vagar pelo mundo como morto-vivo, sugador de sangue, deixando de ser Vlad e se
tornando o Conde Drácula. Assim, ele perambula através dos séculos,
até que resolve comprar um castelo em Londres. Ao contratar um advogado,
descobre que a noiva dele é a reencarnação da sua amada. Deste modo, o deixa
preso com suas "noivas" e vai para a Londres da Inglaterra vitoriana,
no intuito de encontrar a mulher que sempre amou através dos séculos.
A direção de Francis Ford
Coppola (consagrado por grandes obras como O Poderoso Chefão), aqui também se
destaca, desde a narrativa é feita por diários pessoais, cartas, diário de
bordo, manchetes de jornais e receitas médicas, capaz de
fazer o espectador imaginar que ele próprio está contando o que se passa na
mente de cada personagem e o que eles estão sentindo, como pela condução de
todo elenco que nos entrega personagens envolventes, marcantes e simplesmente
espetaculares.
Gary Oldman é certamente o
melhor Drácula . Até nas cenas onde ele não está presente, sua presença é
sentida. É como se o ator conseguisse fazer a gente sentir uma gostosa tensão
da ameaça constante do Drácula e isso acontece de forma natural.
Impressiona com charme, olhares profundos, desejos e sua sede insaciável por
sangue, afinal como o próprio diz, sangue é vida. Seu Drácula faz pleno uso de
vários aspectos, que nos fascina tanto pelo peso dramático, quanto pela
sua expressão corporal carregada se sensualidade, mesmo quando ele passa por
muitas mudanças como por exemplo quando se transforma em lobo ou morcego, às
vezes perturbadoras mas sempre necessárias ao longo do filme, e assim
como Coppola, seu trabalho aqui é verdadeiramente impressionante.
Anthony Hopkins também
entrega um Van Helsing profundo e apaixonado pelo que faz, também muito humano
e determinado a acabar de vez com o vampiro, mas ciente de que não é uma tarefa
fácil.
Mina Murray Winona Ryder),
consegue transitar pela inocência e sensualidade de forma natural. Em todo o
filme, sua performance nos enche os olhos, tamanho é o seu talento ao nos
entregar sentimentos tão profundos. E sua amiga Lucy (Sadie Frost), fica
deslumbrante quando não consegue resistir a sedução do Vampiro,
transformando-se assim numa das noivas do temido Drácula.
O advogado Jonathan Harker
(Keanu Reeves), é um dos que marca. Neste filme, o ator está contido, meio que
amedrontado e nos entrega uma das melhores cenas que é quando Drácula o faz de
prisioneiro, deixando-o aos cuidados de suas noivas, e nela podemos ver que sedução
e desejos mais profundos são pra predadores e não pra vitimas. Lógico, ele como
vítima sabe que não consegue aguentar tantos prazeres por muito tempo e que
eles podem acabar com suas forças.
No fim, temos um filme
grandioso e que nos surpreende pela todos dedicação de Francis Ford Coppola ao
nos entregar uma versão do Conde Drácula que nos enche os olhos, isso num filme
que teve todas suas cenas filmadas em estúdio e sem nenhuma locação externa. A
fotografia auxilia na narrativa com cores predominantes e o vermelho é muito
bem utilizado não só pra o sangue, mas também nos figurinos e ambientes. É
simplesmente genial ver como truques de câmeras, efeitos práticos e todos os
outros recursos foram capazes de criar tamanha ilusão presenciada pelo nossos
olhos. Coppola fez tudo isso sem usar nada de computação gráfica, algo bem
difícil pra retratar castelos, montanhas e mares apenas na prática e com
maquetes.
Sem dúvida, Drácula de Bram
Stoker é um dos melhores filmes sobre vampiro. Ele consegue deixar o espectador
pedindo pra ser também abduzido pelo Conde Drácula do início ao fim.
#DráculadeBramStokerNota10
Programa Clube do Filme
PROGRAMA CLUBE DO FILME
Neste sábado, 13h, na Rádio
Cultura do Nordeste, tem o seu programa de cinema CLUBE DO FILME, comandado por
Edson Santos e Mary Queiroz.
Vamos dar um passeio no
UNIVERSO DAS TRILHAS SONORAS DOS FILMES, com os convidados Bento Gomes e
Zenaldo Nunes. E tem muito mais, no CLUBE DO FILME.
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